CONVERGENCIA Quarenta e cinco associações de psicanalistas, essencialmente européias e sul-americanas, fundaram o movimento de Convergencia. Este Congresso será a ocasião de colocar em questão e em ato seus laços de trabalho e seu engajamento na política da psicanálise. O Movimento de Convergencia ainda não é suficientemente conhecido, nem por parte do conjunto dos membros das associações que o fundaram, nem por parte dos numerosos psicanalistas concernidos pelas questões da psicanálise, particularmente em face do cientificismo que, a partir de enunciados tomados de empréstimo às ciências, tenta validar crenças como se elas fossem universalmente compartilhadas. O cientificismo promove ideologias, concepções do mundo, que desconhecem, todas, o laço indefectível entre linguagem, saber, desejo e sexualidade. Nem todos os psicanalistas estão preocupados com esta política da psicanálise. Alguns dela se afastaram pela violência das querelas que, desde as reuniões da quarta-feira em torno de Freud, não cessaram de se reavivar. As tensões engendradas por ocasião das tramóias da IPA para excluir Lacan, por um lado, os acontecimentos entabulados pelo genro de Lacan para inscrever na história a destruição da EFP, por outro, deixaram suas feridas. Lacan, em uma leitura feita fora de seu último seminário, anunciou, por um lado, a dissolução da EFP, e, por outro, seus votos de receber demandas de filiação para uma associação que seria criada sob o nome de "Causa Freudiana". Inúmeros psicanalistas, bem como outras pessoas de todas as áreas responderam: mais de mil! A "Causa Freudiana" foi rapidamente transformada em "Escola da Causa Freudiana", da qual o genro de Lacan instaurou-se como diretor. Na época, muitos psicanalistas não queriam contrariar um velho homem cansado e doente - em relação ao qual eles tinham uma dívida - opondo-se a propostas talvez ainda investidas por ele, mesmo se o seu autor e beneficiário fosse seu genro. A dívida dos psicanalistas para com Lacan não concernia mais a seu genro do que a dívida de Lacan para com Freud não concernia a sua filha Anna. A "dissolução" da EFP foi assimilada por J.A. Miller à de Cartago, e, em nome do significante "Delenda", ele instaurou um verdadeiro tribunal de inquisição em relação àqueles que não lhe manifestavam as os sinais de devoção que ele esperava. E neste contexto que a "Causa Freudiana" foi afetada por um novo nome, o de "Escola da Causa Freudiana". Refazer uma "escola" permitia retomar os títulos da antiga (AE: Analista da Escola, AME: Analista Membro da Escola), sobre a base de uma confusão - que Lacan havia denunciado - entre gradus e hierarquia. Os processos de inquisição e de desvio da psicanálise provocaram a debandada de quase todos os psicanalistas das gerações anteriores que até então haviam acompanhado Lacan: Jenny Aubry, René Bailly, Louis Beirnaert, Jean Clavreul, Françoise Dolto, Solange Faladé, Patrick Guyomard, Serge Leclaire, Pierre Legendre, Lucien Israël, Maud et Octave Mannoni, Charles Melman, André Rondepierre, Moustapha Safouan, Christian Simatos... A lembrança desses acontecimentos permanece bastante dolorosa e explica, em parte, a persistente reserva de alguns psicanalistas perante a atualidade, quando esta interpela a posição da psicanálise na cidade: na "política da psicanálise". A palavra "política", por outro lado, é ao mesmo tempo valorizada e conotada negativamente a partir de suas origens gregas: é em nome dos assuntos da cidade que Sócrates foi condenado. Estas conjunturas políticas sao incontornáveis, e importa que hoje, através de Convergencia, elas sejam entendidos e sustentados por psicanalistas que, de perto ou de longe, tomam parte do ensino de Freud e de Lacan, que nodula: teoria, prática e transmissão, conferindo ao saber um estatuto absolutamente específico. Em todas as outras disciplinas, quem detém o saber são especialistas que o aplicam; os especialistas "psi" não escapam a este modelo, nem mesmo aqueles que afirmam levar em conta a dimensão do inconsciente. Em contrapartida, só pode sustentar a função de psicanalista aquele que sabe que seu "saber" sustém uma função particular: a de fazer emergir um saber que ele não conhece, que se encontra em estado latente para retornar viçoso na palavra do analisante. Este saber específico sustenta uma outra função original: a de permitir a demarcação de das funções subjetivas que tramam os saberes, as crenças. A asserção segundo a qual "não há metalinguagem" o ilustra bem. Sustentar esta posição, muitas vezes dolorosa, implica encontros, debates, confrontações, tentativas renovadas de teorizações e de publicações. Para melhor compreender o projeto de Convergencia, inseparável de suas origens sul-americanas, um breve retorno histórico é necessário. Os diferentes movimentos psicanalíticos da América do Sul não poderiam ser confundidos com o que se conhece acerca do lugar da psicanálise na América do Norte, do qual os filmes hollywoodianos propõem uma espécie de modelo "universal". A Casa do doutor Edwards, de Alfred Hitchcock, o ilustra particularmente bem. Este filme desconhece radicalmente a dimensão do fantasma, e anuncia, por este fato, a decrepitude do movimento psicanalítico norte-americano face ao sucesso, em certos meios da psiquiatria, do DSM, cujos enunciados referem-se a uma teoria dos "fatos" há muito obsoleta em outras disciplinas. O DSM propõe repertórios de signos que tem o estatuto de "fatos", coletados em versões sucessivas: DSM III, DSM IV, DSM V, etc... Afirmando apoiar-se em "fatos empíricos", validados segundo critérios "objetivos", conformes às exigências da estatística, esses repertórios respondem, de fato, a uma lógica do "fiado só amanhã": remetendo sempre ao depois as validações experimentais, que permanecem em suspenso e nunca realizadas, tal como as promessas oferecidas pelas religiões que anunciam amanhas encantadores. HISTÓRICO O projeto de Convergencia prolonga o do Lacano-americano. Para uma melhor compreensão, convém situar a origem deste nome: "lacano-americano", o movimento ao qual ele deu lugar na América do Sul, e sua articulação com a história da psicanálise na Europa, e em particular com a França. Consideraremos sucessivamente: -a psicanálise na América do Sul, -a dissolução da Escola Freudiana de Paris, o Discurso de Caracas e a eclosão, na América do Sul, de grupos lacanianos, que se dissociaram, de forma mais ou menos rápida, da Escola da Causa, -a constituição do Lacano-americano e seu "dispositivo", Com Freud ainda em vida, a América do Sul sofreu rapidamente a influência da práxis psicanalítica. O desenvolvimento da psicanálise na Argentina, no Brasil e no Uruguai antecipou-se inclusive àquele que teve lugar na França; Freud e Melanie Klein, em particular, foram lá traduzidos muito cedo, e influenciaram numerosos discípulos. Atualmente, o movimento psicanalítico permanece extremamente vivo nos países de língua espanhola e portuguesa. É neste terreno que o ensino de Lacan suscitou um interesse que reforçou-se incessantemente, a ponto de constituir objeto de grupos de estudos no seio do tronco sul-americano da I.P.A., no momento em que Lacan e seu ensino estavam excluídos da instituição internacional. Se Freud foi mais estudado em francês do que em alemão, Lacan foi sem dúvida mais estudado em espanhol e em português do que em francês. Entretanto, a notícia da dissolução da EFP semeou menor desnorteamento na América do Sul do que entre os franceses.
Este desnorteamento causado pela dissolução da EFP foi atenuado, na América do Sul, como que por antecipação, graças aos efeitos do discurso de Caracas, lido por Lacan diante de um auditório que, enfim, descobria o mestre - sem se dar conta de que o mestre não lia sua própria partitura, mas a de um outro. Neste discurso, que cria o significante "lacano-americano", é dito que estes últimos "beneficiaram-se de seu ensino sem terem sofrido os inconvenientes de sua pessoa", e muitos sul-americanos reconheceram-se então como "leitores" de Lacan - em uma relação com a transmissão diferente daquela em que se encontravam os "auditores". Junto aos estudantes que se interessavam pela psicanálise, tanto
na América do Sul como na França, uma conseqüência
da dissolução foi a de promover a Escola da Causa. Pelo
artificio que consiste em entreter uma confusão entre dois registros
da transmissão - o de um patrimônio e o de um discurso -
a ECF pareceu, por algum tempo, a "herdeira legitíma",
até o momento em que ela sofreu, por sua vez, as divisões
implicadas pelo seu modo de direção. Neste leque, alguns analistas consideraram necessário constituir laços entre diferentes grupos que tinham textos comuns como referência. Nesta ótica, foi criado um "dispositivo" de congregação que tomou o nome de Lacano-americano.
O Lacano-americano - cujo nome pode ser escrito de diferentes maneiras - é, assim, uma das primeiras tentativas de agrupamento dos psicanalistas na América do Sul. Este agrupamento visava estabelecer laços de trabalho, confrontações, debates entre psicanalistas membros de diferentes associações, e "não-associados". Sabemos desde sempre que cada grupo humano engendra suas próprias senhas, seus rituais . No seio de todo grupo que se pereniza sem trocas com outros - semelhantes ou diferentes - a "dogmatização" e a ortodoxia andam juntas, em um desconhecimento da dimensão do desejo, o que para a psicanálise é, no mínimo, paradoxal. Ora, a ortodoxia, para alguns "psicanalistas", é edificada como um selo de nobreza, o que vai de encontro àquilo mesmo que constitui a especificidade da disciplina em nome da qual eles reivindicam falar. O primeiro Lacano transcorreu em 1987 em Punta del Este, no Uruguai, e foi regularmente reeditado a cada dois anos, em um outro pais da América do Sul, em uma outra cidade. Indico aqui esquematicamente os elementos do "dispositivo", que susteve a missão que lhe havia sido outorgada, a saber, a de oferecer a todos uma modalidade de funcionamento que exclui a "frerocidade" (2) que se exerce sempre em nome de um mestre imaginário que se trata de fazer gozar. Todo dispositivo comporta um certo número de regras, que podem ser assimiladas a rituais a partir do momento em que não tem outra função senão a de instaurar um modo de relação que dissipa a noção de diferença entre os membros de uma comunidade. No caso do Lacano, o dispositivo instaura uma lei pacificadora, que modera as compulsões à violência ao mesmo tempo que permite trocas muitas vezes bastante vivazes. Até o presente momento - ninguém pode prever o futuro - o dispositivo sustentou uma função simbolizadora: constituiu um lugar onde teses puderam ser formuladas e encontrar eco junto a pessoas que até então se ignoravam. Este dispositivo oferece a cada associação uma responsabilidade igualitária, não-normativa, para um projeto comum: - O Lacano é dirigido pela "assembléia convocante"
constituída por representantes de cada associação,
que arca financeiramente com 3 ou 5 inscrições em cada Lacano.
No momento dos votos, cada associação membro da assembléia
convocante conta um voto.
É sempre possível que um conferencista seja interpelado e convidado a intervir em um outro espaço onde será escutado mais longamente e onde suas proposições poderão ser mais longamente debatidas. Trata-se, neste caso, de atividades paralelas.
Se o projeto de Convergencia prolonga o Lacano, ele é também inseparável de outros movimentos que visam os mesmos objetivos na Europa, em particular o do "Inter-associativo". Este Inter-associativo, Inter-associativo de Psicanálise (estatutos votados em 4 de fevereiro de 1991), depois Inter-associativo Europeu de Psicanálise (janeiro de 1994), agrupou associações cujos membros fundadores, muitas vezes egressos da dissolução da EFP, haviam desejado restabelecer laços de trabalho entre si, entre os membros de suas associações, independentemente das clivagens institucionais. O "primeiro Colóquio do Inter-associativo de Psicanálise", em janeiro de 1991, foi um sucesso que antecipou a votação dos estatutos. O segundo colóquio acolheu, em janeiro de 1993, as contribuições e a participação de numerosos sul-americanos. Novos laços (de trabalho, de estima recíproca, de amizade) criaram-se na surpresa de constatar que, apesar da barreira das línguas, certas referências comuns permitiam "falar-se" e sustentar apaixonantes debates. Sul-americanos estavam presentes no ano seguinte à fundação do Inter-associativo de Psicanálise, em Bruxelas. Uma das diferenças entre o Lacano e o Inter-associativo Europeu de Psicanálise deve-se ao fato de que os laços institucionais do primeiro são incessantemente instaurados e dissolvidos, enquanto que para o segundo esses laços foram formalizados para durar - ainda que sejam frágeis. Nem o Lacano nem o IAEP têm secretariado permanente: os membros
dos secretariados mudam periodicamente, e aqueles que são encarregados
de organizar os colóquios ou jornadas de estudo vêem suas
missões terminarem após cada evento realizado. O movimento de Convergencia concerne a todos aqueles que - psicanalistas ou não - estão em dívida para com os ensinos de Freud e de Lacan. Entre Freud e Lacan, é hoje possível estabelecer algumas pontes: em quê determinadas concepções lacanianas prolongam, precisam ou contradizem certos enunciados freudianos. Tais referências são fecundas para tentar pensar, ainda que este exercício seja desconfortável porquanto exige, de cada um, que questione determinados enunciados tentando situar diferenças. Se não é forçosamente pertinente querer colocar em foco os efeitos respectivamente específicos de um ensino para "auditores" ou para "leitores", é contudo interessante ouvir colegas de outro hemisfério, formados através das mesmas referências, "aplicar" estas referências de modo diverso daquele conforme a antigos hábitos... Seria desejável que, por ocasião do próximo congresso de Convergencia, na UNESCO, o interesse dos sul-americanos por relação aos franceses e aos europeus pudesse encontrar uma atenção idêntica para enriquecer os confrontos, para apoiar novos pontos de vista, para apoiar, deslocar certas convicções, ou reavivar questões deixadas em suspenso... O projeto de Convergencia não nasceu de forma inteiramente constituída pela imaginação de algumas pessoas. Ele exigiu numerosas reuniões de trabalho dos dois lados do Atlântico e foi pontuado por duas grandes manifestações em Barcelona. A primeira, em fevereiro de 1997, abriu o debate sobre as condições teóricas a partir das quais "fundar" teria algum sentido. Este encontro foi concluído com uma decisão das associações convocantes: a de se dar um prazo de um ano para fundar. Isto oferecia aos delegados das associações o tempo para consultar seus colegas, trabalhar o texto de fundação e propagar as informações em torno de si. Em outubro de 1998, graças à retomada do fôlego por parte de associações catalãs (Apertura e Invenció Psicoanalitica), na presença de muitas centenas de psicanalistas, os representantes das associações convocantes decidiram votar o texto dos estatutos que oficialmente fundavam Convergencia. Uma reunião da assembléia geral dos representantes de Convergencia
(Comissão de Enlace Geral) teve lugar em Buenos Aires, no mês
de agosto de 1999, logo após o Lacano, que teve, em fim de julho,
em Rosario, um sucesso considerável: trabalhos, festas e encontros.
Este congresso transcorrerá nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro de 2001 em Paris, em dependências da UNESCO, que portanto respondeu favoravelmente à nossa demanda, assegurando-nos de sua sustentação. Título do congresso: O inconsciente. Sub-título; Avanços lacanianos do inconsciente freudiano. Este congresso deveria implicar o maior número possível de pessoas interessadas pela psicanálise, dando-lhes a possibilidade de propor um trabalho. Em outras palavras, trata-se de suscitar a vontade de participar de vivos debates, sem limitar o número de intervenções, sem criar uma tribuna composta de vedetes convidadas a falar "para" um auditório. A partir disso duas questões se colocam: Os temas considerados Seis temas foram considerados para dar um sentido, uma lógica, uma pertinência e um interesse aos debates. A formulação de cada um desses temas deve ser ouvida como uma questão e não como uma asserção dogmática. A sustentação dos argumentos e das formulações constitui objeto de um importante trabalho preliminar, de alguns membros de diferentes associações que se devotaram aos "prazeres" de uma redação coletiva... Esses membros terão, pois - ainda por cima - o prazer de serem criticados. Esses temas foram votados por todas as associações francesas convocantes, que tem por encargo, para além da preparação e da organização material deste congresso, o de formalizar seu conteúdo. A problemática própria a cada tema foi endereçada
ao secretariado de cada associação, e encontra-se também
disponível junto à AOCC. 1 - o inconsciente enquanto sexual Foi proposto um tema complementar concernindo a RSI. Organização das sessões de trabalho O conjunto do colóquio se dará em sessões plenárias. a) Cartéis Psicanalistas de associações diferentes, dos dois continentes, constituíram ou terão constituído diferentes cartéis. Seis dentre esses cartéis poderão aproveitar o evento do colóquio de Convergencia para testemunhar de suas questões, de suas reflexões, e submetê-las ao debate. Os cartéis devem ser declarados antes de 25 de abril de 2000 junto ao secretariado técnico do Congresso (AOCC).
Cada um, psicanalista ou não, que deseje colocar em pauta reflexões ou críticas concernindo aos argumentos relativos aos temas mencionados acima, pode propor uma contribuição. Levando-se em conta o número de textos esperados, e para que cada texto encontre seu lugar e seus destinatários, elaborou-se um procedimento que permitirá dar conta do enunciado de cada tese, e de sua enunciação. Sejam quais forem o número, a riqueza, a profusão, todos os textos endereçados serão lidos, comentados e submetidos aos debates. Este dispositivo pode constituir-se como uma ocasião original de encontrar um auditório: por um lado, todos os textos endereçados estarão à disposição de todos os participantes nas três línguas do congresso; por outro lado, cada texto terá sido objeto de um trabalho de leitura comentada antes mesmo da abertura dos debates do congresso.
Todos os textos endereçados serão publicados nas três línguas nas Atas do congresso. Os leitores, designados por cada associação, receberão os textos. Dois leitores, um europeu e um sul-americano, terão que depreender a problemática de cada texto, a fim de transmiti-la aos relatores. Estes relatores, europeus e sul-americanos, disporão ao mesmo tempo dos textos originais e das súmulas de leitura. Após citar o nome dos autores, eles terão por tarefa colocar suas teses em perspectiva, iniciando assim os debates, dos quais os auditores e os autores presentes à audiência poderão participar ativamente. Este dispositivo original implica tanto os membros dos cartéis, os autores, os membros das associações designados como leitores e relatores, quanto todas as pessoas interessadas pela psicanálise na cidade, que queiram inscrever-se para escutar os debates e/ou deles participar.
O evento constituído pelo congresso de Convergencia na UNESCO permitirá à psicanálise reavivar sua presença na cidade, no momento em que os poderes públicos tencionam legislar sem levar em conta sua especificidade, fazendo-se instruir exclusivamente pelos agentes de outras disciplinas: médicos; psicoterapeutas de todo tipo, sociólogos..., para os quais, repitamo-lo, o modo específico à psicanálise de relação com o saber é inconcebível. (cf. supra). Este evento oferecerá igualmente uma oportunidade para a psicanálise de sustentar suas questões em face das extravagantes roupagens que revestem certas práticas que reivindicam seu nome, tanto em seitas como em unidades de saúde. Que destino será dado ao movimento de Convergencia após este congresso? Ninguém pode saber, de antemão, os efeitos de après-coup de um evento. O modo que tomar a intervenção dos participantes e a qualidade das trocas permitirão sem dúvida - no momento de concluir - visualizar algumas perspectivas que deverão elas próprias ser debatidas. Jean Szpirko, 1° avril 2000
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